Mashle

Mashle, para mim, foi uma das gratas surpresas da temporada. Na minha concepção, eu não via como esse anime funcionar em termos de roteiro. O que um maromba pode fazer no meio de bruxos que parecem ter saído de Hogwarts?

A resposta: um maromba pode fazer muito. Lógico, Mashle quebra as leis da física inúmeras vezes, em especial quando ele encontra um jeito de jogar quadribol. Sim, você leu certo. Um “trouxa” jogando quadribol.

Mas Mashle valida essas coisas ilógicas dentro de seu roteiro. Isso porque as leis da magia realmente se aplicam quando os bruxos estão se enfrentando. Não esperamos realismo ou lógica do nosso protagonista, Mashle. Mas encontramos essas coisas quando os amigos dele, Lance e Dot, duelam contra outros bruxos.

Além disso, a série tem um roteiro coerente e bem desenvolvido. Perdoo até o infame episódio de recap no meio da temporada. Mashle é um “trouxa”, só que, nesse mundo, pessoas sem magia são mortas apenas por existirem. Para evitar isso, o avô adotivo de Mashle treina o lado físico dele para que ele possa se defender. Isso faz com que Mashle tenha habilidades físicas muito além do que qualquer humano comum.

Só que Mashle é descoberto e, para proteger seu avô, precisa entrar em uma escola de magia (quase Hogwarts) e conquistar o título de visionário divino ao acumular moedas de bronze, prata e ouro. Isso não seria tão difícil se os membros da Sonserina local (sim, temos casas) não começassem a atacar e roubar as moedas das outras casas.

Mashle faz funcionar a boa e velha fórmula dos shonens com muitas pitadas de besteirol e alguns profiteroles. Às vezes, menos é mais e tudo que precisamos é de um roteiro sólido e um pouco de humor para animar nossa sexta à noite. Aguardo ansiosamente pela segunda temporada.

Foto: Reprodução/ Twitter oficial Mashle.